segunda-feira, 31 de março de 2025

 

 ATA 2ª. 59  DE REUNIÃO  ORDINÁRIA DO CONSELHO CONSULTIVO

MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA DO BAÚ – MONAPB

 BIÊNIO 2025-2027



A reunião do Conselho Consultivo foi denominada reunião de planejamento, uma vez que visando a articulação territorial aconteceu sem a publicação do Decreto de constituição do Conselho. 


CONSELHO CONSULTIVO MONUMENTO NATURAL ESTADUAL DA PEDRA DO BAÚ (MNEPB)

2ª MEMÓRIA DE REUNIÃO DE PLANEJAMENTO CONSELHO CONSULTIVO

 

 

Data: 06 de fevereiro de 2025
Local: Auditório do Paço Municipal, São Bento do Sapucaí - SP
Horário: Início às 9h18 e encerramento às 11h27

 

CONSELHEIROS PRESENTES:

PODER PÚBLICO

Setor

Representante

Fundação Florestal

Lucas José de Araújo Oliveira e

Cláudia Camila Faria Oliveira

Polícia Militar Ambiental

AUSENTE

Instituto de Pesquisas Ambientais

 Silvio Takashi Hiruma

Coordenadoria de Fauna

Vitor Suzuki de Carvalho

Prefeitura Municipal de São Bento do Sapucaí

 Bruno Felipe e Lucas Nilo

 

SOCIEDADE CIVIL

Setor

Representante

ONGs Ambientalistas

Breno Carvalho Pereira e

Eduardo Sawaya Botelho Bracher

Setor Privado

Alberto Vazquez

Cooperativas, sindicatos, trabalhadores e

entidades de classe

Eliseu Rodrigues Frechou e

Sérgio Roberto Robles Vertiola

Cooperativas, associações e profissionais ligados ao Ecoturismo

Juliana de Oliveira Soncini e

Thaís Moreira Pacheco Savino

Ensino e Pesquisa

Murilo Costa Santiago

Proprietários de imóveis

 AUSENTE

 

COLABORADORES PRESENTES:

Inná Saldanha (Monitora), Gabriela Pontes (Monitora), Danilo da Costa (Monitor), Nádia Aun, Kelly Coletti e Ricardo Moraes.

ABERTURA

Na quarta-feira, 06 de fevereiro de 2025, às 9h18, no auditório do Paço Municipal, teve início a reunião de planejamento[1] do Conselho Consultivo do Monumento Natural Estadual da Pedra do Baú, biênio 2025-2027. O presidente, Lucas Oliveira (Fundação Florestal) deu as boas-vindas aos participantes, apresentou as pautas da reunião e informou que o processo de constituição do conselho ainda estava em andamento. Destacou a importância da continuidade das reuniões paralelamente ao processo de tramitação, ressaltando que os conselheiros indicados estariam presentes, e que essas reuniões seriam posteriormente incorporadas ao processo, como memórias, após a publicação do decreto. Sem mais informações sobre o assunto, Lucas deu início aos trabalhos.

PAUTAS:

  1. Apresentação do Secretário do Meio Ambiente e do Diretor MONA Baú;
  2. Apresentação do Programa MonitoraBio - resultados preliminares MONA;
  3. Projeto de acessibilidade “Cadeira Julietti”;
  4. Limpeza e manutenção de trilhas - Alberto;
  5. Plano de sinalização MONA Baú;
  6. Apresentação proposta de cronograma para a reabertura da Face Sul;
  7. Atualização sobre o convênio (previsão de assinatura);
  8. Informes.

 

1.  APRESENTAÇÃO DO SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE E DO DIRETOR MONA BAÚ

O Secretário do Meio Ambiente, Bruno Felipe, da Prefeitura Municipal de São Bento do Sapucaí, iniciou sua fala com uma breve apresentação sobre sua trajetória. Bruno trabalha na prefeitura há cinco anos e, na gestão anterior, atuou como Diretor de Resíduos Sólidos. Na atual gestão, foi convidado para assumir o cargo de Secretário do Meio Ambiente. Bruno se colocou à disposição para colaborar e contribuir com o que for necessário para o Conselho. 

O próximo a se apresentar foi o Diretor do MONA, Lucas Nilo. Na gestão anterior, Lucas atuou como Diretor do MONA Pedra do Baú por um período de dois anos. Na atual gestão, o prefeito o convidou a continuar no cargo. Lucas se colocou à disposição para ajudar no que for necessário. 

2.  APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA MONITORABIO - RESULTADOS PRELIMINARES MONA BAÚ

Danilo, monitor ambiental, iniciou sua apresentação sobre o Programa MonitoraBio da Fundação Florestal. A apresentação foi dividida em duas partes. Na primeira, Danilo forneceu ao Conselho uma visão geral do MonitoraBio, abordando a introdução ao programa, suas linhas de atuação (monitoramento de mamíferos, aves, borboletas, primatas, entre outros), os métodos utilizados para coletar os dados e como os resultados obtidos contribuem para a preservação ambiental e o conhecimento da biodiversidade. Na segunda parte, apresentou um resultado parcial do levantamento realizado na área do MONA Pedra do Baú.

Segundo Danilo, a presença de mamíferos é considerável, com cerca de 20 espécies monitoradas dentro da área estipulada, o que é considerado um número expressivo pelos biólogos. Com o fechamento do MONA Baú, em setembro de 2024, houve um atraso na campanha de monitoramento de mamíferos. Dez câmeras ainda estão instaladas para o monitoramento e serão retiradas até meados de fevereiro, para uma análise mais detalhada da fauna encontrada na região.

3.  PROJETO DE ACESSIBILIDADE “CADEIRA JULIETTI”

O gestor Lucas apresentou o projeto de acessibilidade “Cadeira Julietti” para o Conselho, como uma ação a ser implementada nas trilhas do MONA Pedra do Baú. Inicialmente, a ação deve contemplar apenas a trilha do Mona: a do estacionamento 2 até a entrada da trilha do Bauzinho, devido ao melhor acesso e ao suporte de carro disponível tanto na entrada quanto na saída. No entanto, alguns conselheiros questionaram a viabilidade dessa trilha, considerando o nível de dificuldade que ela apresenta.

O conselheiro Eliseu sugeriu que a ação seja revista e repensada para ser implementada em outras trilhas mais abertas, com menor inclinação e grau de dificuldade reduzido. Lucas acolheu a sugestão de Eliseu, destacando a importância da presença e das contribuições dos conselheiros e colaboradores para o desenvolvimento de ações no território.

4.  LIMPEZA E MANUTENÇÃO DE TRILHAS - ALBERTO

O conselheiro Alberto se apresentou ao Conselho e iniciou sua exposição compartilhando um mapa com as principais trilhas do MONA Pedra do Baú. Durante a apresentação, ele destacou que um dos acessos para o Col (entre Bauzinho e Baú) possui uma escada, o que facilita o acesso, já que o outro lado da trilha está degradado. A sugestão de Alberto foi fechar a entrada degradada e permitir o uso apenas da via com a escada, ou, alternativamente, realizar o manejo da parte degradada da trilha. No entanto, para que isso seja feito, é necessário contar com mão de obra, que ficaria sob responsabilidade da prefeitura ou de um voluntário (como contrapartida).

Lucas Nilo, Diretor do MONA, informou que o número de funcionários responsáveis pela manutenção está defasado, pois um está de licença e o outro possui obrigações diárias a serem cumpridas.

O conselheiro Eliseu questionou a necessidade de manutenção dessa trilha, uma vez que o acesso pela escada torna o retorno ao ponto inicial mais distante. Portanto, ficou acordado que um estudo mais detalhado será realizado para avaliar a situação e definir as ações a serem implementadas na próxima temporada.

Além disso, o conselheiro Alberto mencionou outros pontos que também necessitam de manutenção, como forma de melhorar os acessos às principais trilhas do MONA Pedra do Baú.

5.  PLANO DE SINALIZAÇÃO MONA BAÚ

A monitora Inná se apresentou ao Conselho e iniciou sua fala destacando a importância do plano de sinalização do MONA Pedra do Baú, as ações que serão implementadas e a situação atual da sinalização. Segundo Inná, atualmente o MONA apresenta uma sinalização pontual e desorganizada, devido à falta de padrão, o que a torna, em algumas ocasiões, contraproducente em seu objetivo final, dificultando o acesso, a compreensão das informações e a segurança dos visitantes.

Inná apresentou e explicou os tipos de sinalização que serão utilizados, conforme a necessidade de cada local e sua funcionalidade. Os tipos de sinalização abordados foram: sinalização de entrada de trilha, sinalização de percurso (direcional, confirmatória e tranquilizadora), sinalização de distância percorrida, sinalização interpretativa, sinalização de acessibilidade, sinalização educativa/regulatória e sinalização emergencial.

A monitora Inná mostrou ao Conselho placas já confeccionadas e outras cuja confecção foi pleiteada, além de apresentar um cronograma de implementação e monitoramento para a sinalização do MONA Pedra do Baú.

O conselheiro Silvio perguntou qual seria o tempo estimado para a confecção das placas interpretativas, que conteriam informações sobre a localização, a história local, a geologia da região, a biodiversidade, as normas de visitação e os cuidados com o meio ambiente. O gestor Lucas explicou que o trâmite burocrático para solicitar esse tipo de placa pode levar, em média, de três a quatro meses.

O conselheiro Alberto sugeriu a instalação de uma ou mais placas de sinalização para alertar os visitantes sobre o perigo de jogar pedras em uma área onde há presença de escaladores, uma vez que isso pode representar um risco significativo de acidentes, comprometendo a segurança das pessoas que praticam escalada e demais visitantes do local.

6.  APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE CRONOGRAMA PARA A REABERTURA DA FACE SUL

O gestor Lucas iniciou sua fala apresentando um cronograma de trabalho com o planejamento e as ações necessárias para a implementação da Face Sul. O documento apresentado não tem caráter oficial, mas sim de consulta, objetivando a mobilização de gestão, conselheiros e colaboradores, de forma a se dedicarem a possibilidade de efetivar a execução da Face Sul no território. Os conselheiros não se opuseram a trabalhar juntos para concretizar o plano, mas identificaram alguns gargalos que precisam ser discutidos ao longo do processo.

Alguns conselheiros fizeram considerações sobre a pauta em questão:

     O conselheiro Sérgio levantou preocupações sobre os riscos e questionou se o Conselho possui meios legais para garantir, de forma legal, a segurança das pessoas envolvidas na construção da Face Sul, serão pautadas nas Normas Regulamentadoras - NR. Além disso, destacou a importância da implementação de um Plano de Manejo no território.

     O conselheiro Vitor sugeriu usar o espaço do Conselho para debater e analisar as demandas de forma mais eficaz.

     O conselheiro Eliseu destacou a importância do trabalho coletivo para que a Face Sul saia do papel. Ele ressaltou que a reabertura da Face trará benefícios diretos e indiretos para toda a comunidade e enfatizou a necessidade de viabilizar a execução do planejamento, com o esforço e a colaboração de todos(as).

     O conselheiro Silvio falou sobre a importância de analisar a suscetibilidade da Face Sul, identificando pontos críticos que devem ser considerados no plano de reabertura. Ele lembrou que a Face Sul foi fechada devido ao risco de desmoronamento, e esse fato não pode ser desconsiderado.

A gerente regional, Camila, explicou ao Conselho como o plano de manejo é elaborado atualmente. Ela informou que, no momento, a Fundação Florestal é 100% responsável pela elaboração do plano, sendo que há um cronograma com a previsibilidade de elaboração do Plano de Manejo das Unidades de Conservação. Embora a Fundação Florestal não possa definir uma data específica de início para a formulação e elaboração do plano de manejo para o MONA Pedra do Baú, há a previsão de início em 2027 (previsão em anexo). Camila deixou claro que as ações realizadas no território não serão descartadas, mesmo que o plano de manejo seja implementado, pois o plano é um instrumento para a gestão da unidade.

 

 

7.  ATUALIZAÇÃO SOBRE O CONVÊNIO

Lucas informou ao Conselho que a renovação do Convênio entre a Fundação Florestal e a Prefeitura Municipal está em andamento, aguardando apenas a assinatura. Ele apresentou ao Conselho o documento de despacho encaminhado à Diretoria Executiva da Fundação Florestal com a finalidade de assinatura do Convênio. A assinatura pelo município será realizada pelo prefeito de São Bento do Sapucaí, Gilberto Donizetti de Souza.

8.  INFORMES

Os informes apresentados ao Conselho foram:

     Transmissão ao vivo e gravação das reuniões: solicitação da colaboradora Renata Calmon

O Conselho decidiu que a transmissão ao vivo e a gravação das reuniões não são viáveis devido à falta de infraestrutura adequada. Além disso, foi mencionado que isso poderia ferir o direito de imagem de quem não deseja ser filmado. Os conselheiros e colaboradores concordaram que a leitura da ata é suficiente para se informar sobre o que foi discutido e deliberado. Por fim, os conselheiros reforçaram a importância da participação presencial nas reuniões para um diálogo mais efetivo.

     Febre Amarela: Informes

Lucas informou ao Conselho sobre casos confirmados de febre amarela em animais no estado de São Paulo. Os casos estão sob monitoramento estadual, os quais apresentaram aumento significativo de epizootia em nossa região. Até o momento, não há nenhuma diretriz institucional que torne obrigatório a apresentação da carteira de vacinação contra a febre amarela para acesso nas Unidades de Conservação. Por esse motivo, a gerente regional da Fundação Florestal, Camila, afirmou que a decisão de exigir ou não a apresentação da carteira de vacinação fica a critério da Prefeitura Municipal.

O Conselheiro Vitor compartilhou no grupo de WhatsApp do Conselho Consultivo um mapa com os focos de febre amarela no estado e um vídeo sobre o assunto.

     Relatório do número de visitantes do MONA

Lucas informou ao Conselho que disponibilizará aos conselheiros um documento atualizado com as informações referente ao número de visitantes do MONA.

     Próximas reuniões do Conselho:

10/04/2025 – (quinta-feira)

12/06/2025 – (quinta-feira)

07/08/2025 – (quinta-feira)

 

ENCERRAMENTO

Não havendo mais assuntos a tratar, o presidente Lucas Oliveira agradeceu novamente a presença de todos e encerrou a reunião às onze horas e vinte e sete minutos.

São Bento do Sapucaí, 06 de fevereiro de 2025.


 

Lucas José de Araújo Oliveira

Presidente



[1] A reunião do Conselho Consultivo foi denominada reunião de planejamento, uma vez que visando a articulação territorial aconteceu sem a publicação do Decreto de constituição do Conselho.